Wednesday, March 15, 2006

Damão e Diu


Damão e Diu são territórios da União Indiana.Durante 450 anos estes enclaves situados na costa do Mar Arábico fizeram parte do Estado Português da Índia, juntamente com Goa e ainda Dadrá e Nagar-Aveli.

Goa, Damão e Diu foram ocupados pela União Indiana em 19 de Dezembro de 1961; contudo Portugal não reconheceu a ocupação até 1974.Goa, Damão e Diu foram administrados como parte de um território da União até 1987, altura em que Goa se tornou um estado de direito próprio dentro da Índia, permanecendo Damão e Diu como territórios da União separados administrativamente.

O gujarate é o idioma maioritário; o uso do português está em declínio por não ser ensinado nas escolas, embora ainda seja falado por 10% dos habitantes de Damão.

Existem contudo crioulos portugueses em Damão (conhecidos como Língua da Casa) e Diu (a Língua dos Velhos); porém, este último está a extinguir-se rapidamente devido à pressão do gujarate.
Diu (antigamente também se escrevia Dio), cidade e sede de Distrito do antigo Estado Português da Índia, foi uma ex-colónia portuguesa.

Foi ocupada pela India em 1961.Distribuía-se pelas penínsulas de Guzerate e de Gogolá e pela Ilha de Diu (separada da península por um estreito rio denominado Chassis e que mais propriamente pode ser considerado um estreito braço de mar). Diu era uma cidade de grande movimento comercial quando os portugueses chegaram à Índia.

Em 1513, tentaram os portugueses estabelecer ali uma feitoria, mas as negociações não tiveram êxito. Em 1531 não foi bem sucedida a tentaiva de conquista levada a efeito por D. Nuno da Cunha.

E, afinal, Diu veio a ser oferecida aos portugueses em 1535 como recompensa pela ajuda militar que estes deram ao sultão do Gujarat, Bahadur Shá, contra o Grão-Mogol de Deli. Assim, cobiçada desde os tempos de Tristão da Cunha e de Afonso de Albuquerque, e depois das tentativas fracassadas de Diogo Lopes Sequeira, em 1521, de Nuno da Cunha em 1523, Diu foi oferecida aos portugueses, que logo transformaram a velha fortaleza em castelo português. Arrependido da sua generosidade, Bahadur Shá pretendeu reaver Diu, mas foi vencido e morto pelos portugueses, seguindo-se um período de guerra entre estes e a gente do Gujarat que, em 1538, veio pôr cerco a Diu. Coja Sofar, senhor da Cambaia, aliado aos turcos de Sulimão Paxá, tendo, então, deparado com a heróica resistência de António Silveira.

Um segundo cerco será depois imposto a Diu, pelo mesmo Coja Sofar, em 1546, saindo vencedores os portugueses, comandados em terra por D. João da Silveira e, no mar, por D. João de Castro. Pereceram nesta luta o próprio Coja Sofar e D. Fernando de Castro (filho do vice-Rei português).

Depois deste segundo cerco, Diu foi de tal modo fortificada que pôde resistir, mais tarde, aos ataques dos árabes de Mascate e dos Holandeses (nos finais do século XVII).

A partir do século XVIII, declinou a importância estratégica de Diu, que veio a ficar reduzida a museu ou marco histórico da sua grandeza comercial e estratégica de antigo baluarte nas lutas entre as forças islâmicas do Oriente e as cristãs do Ocidente.

Diu permaneceu na posse dos portugueses desde 1535 até 1961, vindo a cair na posso das tropas da União Indiana, que invadiram todo o antigo Estado Português da Índia, no tempo do pacifista Nehru.

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