Wednesday, March 15, 2006

O Tomate


O Tomate (do náuatle tomatl) é o fruto do tomateiro (Solanum lycopersicum; Solanaceae), embora impropriamente considerado como legume pelos leigos.
Originário da
América Central e do Sul, era amplamente cultivado e consumido pelos povos pré-colombianos, sendo actualmente cultivado e consumido em todo o mundo.

Origem

A maioria dos botânicos atribui a origem do cultivo e consumo (e mesmo a selecção genética) do tomate como alimento, à
civilização inca do antigo Peru, o que deduzem por ainda persistir naquela região, uma grande variedade de tomates selvagens e algumas espécies domesticadas (de cor verde) apenas ali conhecidas.
Estes acreditam que o tomate da variedade Lycopersicum cerasiforme, que parece ser o ancestral da maioria da
s espécies comerciais actuais, tenha sido levado do Peru e introduzido pelos povos antigos na América Central, posto que este foi encontrado amplamente cultivado no México.
Outros estudiosos acreditam que o tomate seja originário da região do actual
México, não apenas pelo nome pertencer tipicamente à maioria das línguas locais (Náuatles), mas porque as cerâmicas incas não registraram o uso do tomate nos utensílios domésticos, como era costume.
Os primeiros redarguem a esta objecção, alertando que muitas outras frutas e alimentos dos incas também não foram representados nas cerâmicas.

Características

O tomateiro é uma planta
fanerógama, angiosperma e monocotiledônea. Apesar da crença generalizada de que seja um legume, é um fruto uma vez que é o produto do desenvolvimento do ovário e do óvulo da flor, formando o pericarpo e as sementes, respectivamente, após a fecundação.
O tomate é rico em
betacaroteno e contém vitamina C.

Uso culinário

É falsa a noção de que, pelo largo uso nos molhos das massas, o tomate tenha origem na Itália ou mesmo longo uso na cozinha italiana.

O tomate sempre foi consumido nas civilizações
incas maias e asteca e pertence a um extenso rol de alimentos da América pré-colombiana desconhecidos do Velho Mundo, do qual fazem parte o milho, vários tipos de feijões, batatas, frutas como abacate e o cacau (de cujas sementes se faz o chocolate), afora artigos de uso nativo que se difundiram, como o chicle (seiva de Sapota (ou sapoti) e o tabaco.
Inicialmente o tomate era tido como
venenoso pelos europeus e cultivado apenas para efeitos ornamentais. Somente no século XIX é que o tomate passou a ser consumido e cultivado em escala cada vez maior, inicialmente na Itália, depois na França e na Espanha.

Valor nutricional

O consumo do tomate é recomendado pelos
nutricionistas por se constituir em um alimento rico em licopeno (média de 3,31 mg em 100 gr), vitaminas do complexo B e minerais importantes, como o fósforo e o potássio. Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes.

Damão e Diu


Damão e Diu são territórios da União Indiana.Durante 450 anos estes enclaves situados na costa do Mar Arábico fizeram parte do Estado Português da Índia, juntamente com Goa e ainda Dadrá e Nagar-Aveli.

Goa, Damão e Diu foram ocupados pela União Indiana em 19 de Dezembro de 1961; contudo Portugal não reconheceu a ocupação até 1974.Goa, Damão e Diu foram administrados como parte de um território da União até 1987, altura em que Goa se tornou um estado de direito próprio dentro da Índia, permanecendo Damão e Diu como territórios da União separados administrativamente.

O gujarate é o idioma maioritário; o uso do português está em declínio por não ser ensinado nas escolas, embora ainda seja falado por 10% dos habitantes de Damão.

Existem contudo crioulos portugueses em Damão (conhecidos como Língua da Casa) e Diu (a Língua dos Velhos); porém, este último está a extinguir-se rapidamente devido à pressão do gujarate.
Diu (antigamente também se escrevia Dio), cidade e sede de Distrito do antigo Estado Português da Índia, foi uma ex-colónia portuguesa.

Foi ocupada pela India em 1961.Distribuía-se pelas penínsulas de Guzerate e de Gogolá e pela Ilha de Diu (separada da península por um estreito rio denominado Chassis e que mais propriamente pode ser considerado um estreito braço de mar). Diu era uma cidade de grande movimento comercial quando os portugueses chegaram à Índia.

Em 1513, tentaram os portugueses estabelecer ali uma feitoria, mas as negociações não tiveram êxito. Em 1531 não foi bem sucedida a tentaiva de conquista levada a efeito por D. Nuno da Cunha.

E, afinal, Diu veio a ser oferecida aos portugueses em 1535 como recompensa pela ajuda militar que estes deram ao sultão do Gujarat, Bahadur Shá, contra o Grão-Mogol de Deli. Assim, cobiçada desde os tempos de Tristão da Cunha e de Afonso de Albuquerque, e depois das tentativas fracassadas de Diogo Lopes Sequeira, em 1521, de Nuno da Cunha em 1523, Diu foi oferecida aos portugueses, que logo transformaram a velha fortaleza em castelo português. Arrependido da sua generosidade, Bahadur Shá pretendeu reaver Diu, mas foi vencido e morto pelos portugueses, seguindo-se um período de guerra entre estes e a gente do Gujarat que, em 1538, veio pôr cerco a Diu. Coja Sofar, senhor da Cambaia, aliado aos turcos de Sulimão Paxá, tendo, então, deparado com a heróica resistência de António Silveira.

Um segundo cerco será depois imposto a Diu, pelo mesmo Coja Sofar, em 1546, saindo vencedores os portugueses, comandados em terra por D. João da Silveira e, no mar, por D. João de Castro. Pereceram nesta luta o próprio Coja Sofar e D. Fernando de Castro (filho do vice-Rei português).

Depois deste segundo cerco, Diu foi de tal modo fortificada que pôde resistir, mais tarde, aos ataques dos árabes de Mascate e dos Holandeses (nos finais do século XVII).

A partir do século XVIII, declinou a importância estratégica de Diu, que veio a ficar reduzida a museu ou marco histórico da sua grandeza comercial e estratégica de antigo baluarte nas lutas entre as forças islâmicas do Oriente e as cristãs do Ocidente.

Diu permaneceu na posse dos portugueses desde 1535 até 1961, vindo a cair na posso das tropas da União Indiana, que invadiram todo o antigo Estado Português da Índia, no tempo do pacifista Nehru.

Américo Vespúcio



Amerigo Vespucci ou Américo Vespúcio (9 de Março de 1454 - 22 de Fevereiro de 1512) foi um mercador genovês, navegador, cosmógrafo e explorador de oceanos que viajou pelo, então, Novo Mundo, escrevendo sobre estas terras a ocidente da Europa.

Em meados de 1499 passou ao largo da costa norte da América do Sul, como integrante da expedição espanhola de Alonso de Hojeda, a caminho das Índias Ocidentais.

Em 1501, a serviço de Portugal, percorreu parte do litoral brasileiro em expedição comandada por Nicolau Coelho.

As suas viagens ao longo da costa oriental do que se chama hoje a América do Sul levaram-no a convencer-se de que estava num novo continente - o que contradizia a opinião geral de que tais terras não eram mais que o extremo oriente da Ásia.

A popularidade trazida pelas narrativas de suas viagens converteu-o num dos autores mais vendidos à época. Foi o cartógrafo Martin Waldseemüller quem primeiro nomeou o novo continente de América em sua homenagem.